quinta-feira, 9 de setembro de 2010

VII NORDEXTREMO - Casa Cultiva ( antiga Casa de Rock) - Aracaju - Sergipe


O VI NORDEXTREMO realizado na Casa Cultiva (antiga Casa do Rock) em Aracaju(SE) mostrou o poder do metal em terras nordestinas. Público variado. Contando com a nova geração e com a velha geração que nesse show compareceu em peso. Demonstrando civilidade e evolução. Sem brigas, fofocas e radicalismos sem fundamento. As bandas Dominus Praelli(PR), Apocalyptic Raids(RJ), e as bandas locais Aliquid, Sign Of Hate e Impact, destilaram estilo, sonoridade extrema, técnica sonora e empatia. Quem abre o show é Aliquid. Banda da nova geração do Heavy Metal sergipano, realizou uma apresentação coerente e sem frescuras, instrumental conciso, talvez o pecado da banda seja o vocalista com registros agudos imperfeitos. Excelente baterista. Logo após a Dominus Praelli(PR) envolve a todos com sua criatividade. Executando com extrema qualidade um Heavy Metal seco, contagiante e verdadeiro. Uma apresentação que fez os pescoços girarem. Dinâmica de palco sem defeitos. E entre uma música e outra discursos inflamados repletos de revolução, história e crítica. Logo após foi a vez da Apocalyptic Raids(RJ) fazer um dos melhores shows da noite, revelando-se uma surpresa. Eles realmente honram o termo Old School Metal. Visual, sonora e intelectualmente. Tocaram uma atrás da outra sem dá folga ao pescoço do headbanger. Uns olhavam, outros se esbagaçavam na fábrica de riffs. Equalização seca bem definida traduzindo com exatidão a fúria da banda. Mesmo alquebrados por um longa viagem e doentes satisfizeram a sede de “cultura extrema” do público sergipano. Sign Of Hate foi uma desgraceira só. Alguns problemas com a equalização prejudicaram em algumas músicas a apresentação da banda. Porém isso não atrapalhou em nada o massacre sonoro. Uma pedrada atrás da outra. O “Frank Sinatra do inferno”, Márcio, vocal da banda, regurgitou melodias repletas de paranóia e desalento. A broca da Sign Of Hate perfurou com qualidade os ouvidos dos presentes. E quem finaliza o show é a Impact que insisto de classificar como “thrash black metal”. O carequinha Bruno soltou os trinados na madrugada fresca da praia de Aruana. Uns já dormiam. Outros cambaleavam. Mas isso não desanimou a banda que tocou numa gana invejável sem dá folga. Baterista de excelente pegada completa a banda com qualidade indiscutível. A apresentação da Impact foi encurtada porque um dos instrumentistas machucou a mão. No geral foi um evento excelente em que público, bandas, organização estão de parabéns.

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